
RENATO
TAPAJÓS
RENATO
TAPAJÓS
Nascido em Belém do Pará em 1943, Renato Tapajós iniciou sua carreira como jornalista e, já em São Paulo, começou a trabalhar com Cinema até se envolver na luta armada contra o golpe militar de 1964.
Em 1969, foi preso pela Operação Bandeirantes, onde foi brutalmente torturado e passou 5 anos no cárcere.
Ao sair da prisão, lançou o romance "Em Câmara Lenta" e posteriormente se tornou um importante documentarista político que registrou grandes acontecimentos da luta dos trabalhadores desde a década de 70 até os dias de hoje.
A Laboratório Cisco vem cuidando da obra do Renato desde 2005, quando participou da restauração do longa "Linha de Montagem". Nos tornamos produtores dos seus filmes mais recentes e temos toda a sua filmografia arquivada com segurança em nosso acervo. Hoje somos responsáveis pelo licenciamento das obras e pela cessão de direitos. Temos consciência da riqueza e da potência dos seus filmes, por isso cuidamos com carinho do seu trabalho.
Se você tem interesse em pesquisar, exibir ou licenciar a obra do Renato, entre em contato com a gente.
FILMOGRAFIA
Vila da Barca
DOC, 10 min, 1964
Documentário sobre uma comunidade que vive sobre palafitas, nas margens do rio Pará, na periferia de Belém do Pará. Um morador fala, com sua linguagem peculiar, sobre a vida dos moradores da Vila da Barca, ressaltando a convivência que eles tem com a lama, que fica exposta quando a maré baixa
Prêmios e Exibições: premiado como Melhor Documentário no Festival de Leipzig (Alemanha, 1968)
Universidade em crise
DOC, 19 min, 1966
Documentário que registra o inicio do movimento estudantil na Faculdade de Filosofia da USP em 1965, a resposta violenta da repressão da ditadura e o crescimento das greves e manifestações dos estudantes. O filme busca entender como a radicalização estudantil foi uma resposta a intenção do governo de transformar o modelo de ensino no país, embora, naquele momento, a capacidade de luta dos estudantes ainda fosse débil.
Um Por Cento
DOC, 19 min, 1967
Documentário que aborda a questão dos “excedentes” no exame vestibular das faculdades da USP na década de 1960. Excedentes eram os alunos que, embora aprovados no exame vestibular, não conseguiam vaga nos cursos que haviam escolhido, não podendo, portanto, ser matriculados. Em 1967 os “excedentes” da Faculdade de Filosofia da USP iniciaram uma luta para serem matriculados e receberam apoio dos demais estudantes, que entraram em greve e realizaram manifestações, denunciando o sistema educacional do país e exigindo reformas.
Fim de Semana